segunda-feira, 3 de outubro de 2011

As que são mãe, me ensinem

As que são mãe, por favor me respondam:
Como é depois?
Depois que eles crescem e não cabem mais em nossas mãos?
Como fica o coração depois que eles se vão?

Sim, o amor não diminui... Mas
o que fazer com o tempo livre?
Com o silêncio da vida adulta?


As que são mãe, por favor, me ensinem.
Pois é preciso aprender a perder ou a consertar o coração
depois que eles se vão.
Já que não cabem mais em nossas mãos.

Priska

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Silêncio

A voz diante do silêncio pode quebrar aquilo que, de tão frágil e delicado, não sei nem mesmo se existe.
No entanto, o silêncio, ante o silêncio, pode dissipar a miragem que, a espera da voz, desfez-se por não ter porque existir...

Priska

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Preposições




Pra que morrer de amor se posso viver de...para... com... por... Amor!




(Priska)

terça-feira, 3 de maio de 2011

Puedo escribir los versos más tristes esta noche.

"Puedo escribir los versos más tristes esta noche.
Escribir, por ejemplo: 'La noche está estrellada,
y tiritan, azules, los astros, a lo lejos.'

El viento de la noche gira en el cielo y canta.
Puedo escribir los versos más tristes esta noche.
Yo la quise, y a veces ella también me quiso.

En las noches como ésta la tuve entre mis brazos.
La besé tantas veces bajo el cielo infinito.

Ella me quiso, a veces yo también la quería.
Cómo no haber amado sus grandes ojos fijos.

Puedo escribir los versos más tristes esta noche.
Pensar que no la tengo. Sentir que la he perdido.

Oír la noche inmensa, más inmensa sin ella.
Y el verso cae al alma como al pasto el rocío.

Qué importa que mi amor no pudiera guardarla
La noche está estrellada y ella no está conmigo.

Eso es todo. A lo lejos alguien canta. A lo lejos.
Mi alma no se contenta con haberla perdido.

Como para acercarla mi mirada la busca.
Mi corazón la busca, y ella no está conmigo.

La misma noche que hace blanquear los mismos árboles.
Nosotros, los de entonces, ya no somos los mismos.

Yo no la quiero, es cierto, pero cuánto la quise.
Mi voz buscaba al viento para tocar su oído.

De otro. Será de otro. Como antes de mis besos.
Su voz, su cuerpo claro. Sus ojos infinitos.

Ya no la quiero, es cierto, pero tal vez la quiero.
Es tan corto el amor, y es tan largo el olvido.

Porque en noches como ésta la tuve entre mis brazos,
mi alma no se contenta con haberla perdido."

Aunque éste sea el último dolor que ella me causa,
y éstos sean los últimos versos que yo le escribo."

(Pablo Neruda)

Poderia

Não, amor não é, mas poderia ser...
Se antes de dormir sua última recordação fosse meu sorriso...
Se ao desviar o olhar, em meio a tensão dos dias, buscasse minha voz como refugio.
Se ao ouvir as dores alheias, voltasse para si e visse a flor que plantei em seu peito.
Se desfrutando de sua liberdade de escolha, me escolhesse para habitar seus pensamentos.

Priska

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Canto à Esperança


Vou cantar à Esperança

Mulher doce e feliz como criança.

Fênix criadora, transforma cinzas em o que um dia já foi um coração.

Alegria de estarmos vivos, certeza de que nada faz sentido, pois é quando desistimos de buscá-lo, que o encontramos.

Vou cantar sua beleza, sua tristeza e o aprendizado,

Pois somente depois das coisas ruins, é que somos capazes de discernir as boas de verdade.


Maestra regente da vida, fonte que sacia nossa sede.

E à ela, Esperança, que canto agora,

pois com ela não perdemos a batalha.

Ainda cremos no Amor e na Felicidade.


Assim como não alucinemos; não existe bem que dure para sempre.

Saibamos que mal também não há.

(Priska)

terça-feira, 12 de abril de 2011

Perdeu-se a simplicidade do Amor.

A complexidade pessoal trasborda nossa essência permeando os espaços todos. Nossos medos, agora, dominam nosso ser e compartilhar não é mais relevante.

Escolhemos estar só, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença. Agora e na hora de nossa morte e que assim não seja.

As transformações que passamos, passaram, deixando-nos confusão e desilusão.

Não se confia mais no outro, não se apóia mais no outro. O outro é o outro e só. Aquém de nossas dores, além de nossos amores.

Amar se tornou um experimento solitário? A união transformou-se em quimera?

Estar com alguém apenas enquanto nos convém? Eduardos e Mônicas onde estão?

Vai ver que a vida sempre foi assim. Éramos crianças, brincando de casinhas de faz de conta.

Vai ver nos deram desejos e idéias irreais. Vai ver é tudo verdade, e agora que crescemos, sentimos em nossos próprios corações a dor de nossos pais.

Crescer é um experimento solitário. Ainda somos os mesmos e por isso não sabemos como viver, pois vida, que é escrava de Cronos, possui como essência; metamorfosear.

Sempre há novas exigências, sempre temos que encontrar novas soluções.

Viver se tornou um experimento individual, indivisível e incompartilhável.

Priska

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Agradecimento ( Sem ironia)

Obrigada!
Obrigada pela sinceridade, pela falta de vontade, pela verdade.
Obrigada pela honestidade,
Por impedir que eu confie em você,
Obrigada por não me dizer "Oi, muito prazer!"
Nos livrando, assim, de dizer "Adeus!"

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Vovó Cambinda

Quando vens, envergas teu corpo,
pois carrega a sabedoria de uma vida cheia de dor e amor.
Chegas em vestes brancas, cabeça coberta.
Em seus olhos, percebo a profundidade de seu poder.
Não me olhas nos olhos, não precisa.
Sabes por olhos outros quem sou, o que sinto e meus desejos.
Paciência seu sobrenome.
Cambinda é seu nome.
Mas para mim será sempre vovó.

terça-feira, 29 de março de 2011

Quando me faltam palavras... arrajo algumas emprestadas ...

Quando Fui Chuva Maria Gadú

Quando já não tinha espaço pequena fui
Onde a vida me cabia apertada
Em um canto qualquer acomodei
Minha dança os meus traços de chuva
E o que é estar em paz
Pra ser minha e assim ser tua

Quando já não procurava mais
Pude enfim, nos olhos teus vestidos d'água
Me atirar tranqüila daqui
Lavar os degraus, os sonhos e as calçadas

E assim no teu corpo eu fui chuva
Jeito bom de se encontrar
E assim no teu gosto eu fui chuva
Jeito bom de se deixar viver

Nada do que eu fui me veste agora
Sou toda gota, que escorre livre pelo rosto
E só sossega quando encontra a tua boca

E mesmo que em ti me perca
Nunca mais serei aquela
Que se fez seca
Vendo a vida passar pela janela


Quando já não procurava mais
Pude enfim, nos olhos teus vestidos d'água
Me atirar tranquila daqui
Lavar os degraus, os sonhos e as calçadas

E assim no teu corpo eu fui chuva
Jeito bom de se encontrar
E assim no teu gosto eu fui chuva
Jeito bom de se deixar viver.

quinta-feira, 24 de março de 2011

"Você estava em uma roda gigante esperando alguém que não veio"

A noite estava lá,

A lua estava lá,

O céu estava lá,

As luzes estavam lá,

A gigante roda também estava lá,

O romance estava lá,

O amor estava lá,

O sonho valsava entre meus dedos,

Eu estava lá,

E Você, não.


Priska

Há de ser

Há de ser perene.

Pelo belo que é,

Esboçarei nosso amor

Com tintas de lágrimas e saudades,

Pois o futuro é uma tela a ser pintada

E o presente, ainda que ausente, guarda lembranças do passado vivente.

O que houve, ninguém ouve, ninguém vê. Mas existe e está.

Mesmo instável, sim! Pode ser palpável,

Seguirei crente, querente que o sonho, transmute em realidade.

E mesmo que piegas, pelo discurso peque.

Culpe-me pela ação e não pela omissão,

Mesmo que o resultado seja a negação.

Há de ser eterno,

Mesmo que seja efêmero.


Priska