sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Presente



E foi quando São Paulo se pôs mais iluminada,
que meus olhos se puseram mais turvos e úmidos.
Meu peito, vazio de esperança,
ditava que forçasse um sorriso.
Buscando, o corpo, prazeres que a mente lhe tirara,
dançava...

Olhei seus olhos,
olhou meu sorriso.
 "diga o que desejas e te darei"
sussurrara, como  quem não quisera assustar meus frágeis ouvidos.
Disse-me outra vez:
"uma música, uma poesia - o que me pedir, te dou!"
Pedi alguns versos,
ganhei o Amor,
enquanto recitava palavras que acalentavam minha dor.

Mas Amor é pássaro pousado no dedo,
não há esforço que o mantenha onde está,
não há gaiola que o possa prender
é preciso esperar que ele deseje ficar.

Ecoando um mantra, língua dos anjos,
nossas almas fizeram amor
Adormeci.

Ao acordar;
a cama vazia,
um coração cheio de esperanças,
uma pena pousada em meu lençol.

Voou...

Ser livre é seu estado de ser feliz.
Eu o amo livre como é.

Sonho com o dia que 
mesmo podendo voar,
escolha pousar.

E rezo para que um dia esteja continuamente,
cotidianamente, presente.



Priska

3 comentários:

Unknown disse...

Lindo!ecoando uma saudade!

Na falta de palavras pegamos emprestado!

"Amo a liberdade, por isso as coisas que amo deixo-as livres.
Se voltarem é porque as conquistei
Se não voltarem é porque nunca as tive"

(Bob Marley)

Simplesmente...Priscila disse...

Que bom que continua a passear por aqui saro sardinha... é bem vinda sua leitura, seu olhar e suas palavras... obrigada por estar sempre presente.

Unknown disse...

Que bom! Priska, pois no presente é que é bom de se viver!!!

;)