domingo, 5 de abril de 2015

O outro


Parte espelhada de mim,
o outro é mistério, maior que o Eu.
A profundidade aparente pelas janelas cada vez mais vazias, entorna sobre meus olhos.
O que há nessa casa?
O que há dentro deste outro que não sou eu?
Que mundos desvenda,
que músicas ouve,
por que chora,
por que ama
 
Buraco negro, esse caos chamado alma, clama por felicidade.
(Como eu)
Humanamente diferentes nas dores, iguais na existência de desejos.
Amar o outro é garrafa lançada ao  mar,
pelo o tempo, nada se sabe das mãos que escreveram e vedaram tal vidro.
Menos ainda, impossível saber, com certeza, qual direção tomará.
Amar o outro é ausência de controle.
 
Cabe-nos decidir: aceitar?

Um comentário:

Unknown disse...

e tentando desapegar a gente se apega. É preciso vontade

diz o poeta:
- a vida é feita de momentos maravilhosamente vividos.
assim como diz o ditado:
- em quem não bebe se confia
no entanto o poeta se engana
nos engana o ditado.

A flor vermelha rola nos dedos da criança...
bem-me-quer ou mal-me-quer
bem-me-quer ou mal-me-quer
brincadeira inocente
e a flor ainda rola nos dedos...
mal-me-quer
bem-me-quer
mal-me-quer
bem-me-quer
vão se as pétalas...
e a gente se apega
ao que poderia ter sido....


verbo é a materialização das nossas vontades:
eu, tu, ele, nós, vós,eles.mas passado é passado e não é presente!
E pra viver um novo amor é preciso querer.