domingo, 12 de agosto de 2012


mudar é sempre uma tarefa árdua, além de solitária, eu mesma nunca tive ninguém me ajudando com as preparações de mudanças. Mas acho que é assim que tem de ser!
Esse processo de desorganizar coisas, encaixar livros, enmalar roupas, ensacolar trens diversos, é muito íntimo e, por isso, solitário. é uma oportunidade de relembrar coisas guardadas, saber que estão ali. jogar fora coisas outras, recordações materializadas em objetos empoeirados.
livros, histórias dentro e ao seu redor; um presente, uma saudade, uma compra, um achado.
e nessa visita, ver-se, redescobrir-se. descobrir que gostava de algo que hoje nem lhe chama mais atenção. um amor, um segredo que talvez nem seja mais segredo. um pedaço de si, alí, encaixotado na correria do dia -a-dia. no olhar desatento do agora.
revisitar o passado é passear por si, por sua vida, ante uma visão nunca antes lançada.

Um comentário:

Unknown disse...

E no entanto abandonar coisas passadas, deixadas outrora!
talvez mal algum não há,e bem também nunca fostes!
e só hoje, no hoje,dar espaço pro novo, pro que nos importa. sim, trens diversos trazer outras e outras, experiências solitárias!!

O que há em comum
Moça! O que há?
além de vontades!
Além do agora...