terça-feira, 29 de março de 2011

Quando me faltam palavras... arrajo algumas emprestadas ...

Quando Fui Chuva Maria Gadú

Quando já não tinha espaço pequena fui
Onde a vida me cabia apertada
Em um canto qualquer acomodei
Minha dança os meus traços de chuva
E o que é estar em paz
Pra ser minha e assim ser tua

Quando já não procurava mais
Pude enfim, nos olhos teus vestidos d'água
Me atirar tranqüila daqui
Lavar os degraus, os sonhos e as calçadas

E assim no teu corpo eu fui chuva
Jeito bom de se encontrar
E assim no teu gosto eu fui chuva
Jeito bom de se deixar viver

Nada do que eu fui me veste agora
Sou toda gota, que escorre livre pelo rosto
E só sossega quando encontra a tua boca

E mesmo que em ti me perca
Nunca mais serei aquela
Que se fez seca
Vendo a vida passar pela janela


Quando já não procurava mais
Pude enfim, nos olhos teus vestidos d'água
Me atirar tranquila daqui
Lavar os degraus, os sonhos e as calçadas

E assim no teu corpo eu fui chuva
Jeito bom de se encontrar
E assim no teu gosto eu fui chuva
Jeito bom de se deixar viver.

quinta-feira, 24 de março de 2011

"Você estava em uma roda gigante esperando alguém que não veio"

A noite estava lá,

A lua estava lá,

O céu estava lá,

As luzes estavam lá,

A gigante roda também estava lá,

O romance estava lá,

O amor estava lá,

O sonho valsava entre meus dedos,

Eu estava lá,

E Você, não.


Priska

Há de ser

Há de ser perene.

Pelo belo que é,

Esboçarei nosso amor

Com tintas de lágrimas e saudades,

Pois o futuro é uma tela a ser pintada

E o presente, ainda que ausente, guarda lembranças do passado vivente.

O que houve, ninguém ouve, ninguém vê. Mas existe e está.

Mesmo instável, sim! Pode ser palpável,

Seguirei crente, querente que o sonho, transmute em realidade.

E mesmo que piegas, pelo discurso peque.

Culpe-me pela ação e não pela omissão,

Mesmo que o resultado seja a negação.

Há de ser eterno,

Mesmo que seja efêmero.


Priska