Para saber de mim
Desfiz-me em mil pedaços,
Separei cada parte do meu Eu.
Desfigurando-me, pude me ver sob minhas diversas dimensões.
Não contente, me desmanchei como água sólida ao sol,
escoei por vários dedos, escorreguei pelos lençóis.
A risco de me perder, infiltrando-me pelas frestas,
percorri novas trilhas, abri alguns caminhos e fechei outros.
A risco de não me achar,
Espalhei-me para todos os lados
Saí sem limites, bruscamente, em busca de mim,
em busca de uma nova forma que caiba minha forma.
Esbarrei nos seus traços.
Aos poucos, eles foram me contornando.
Esbocei-me pelos seus limites.
Com os vestígios dos caminhos que rolei, formo meu novo Eu em você.
Priska.
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