quarta-feira, 20 de maio de 2009

Paráfrase da fábula dos porcos espinhos

Numa floresta, vivia um grupo de porcos espinhos, eles moravam juntos e conviviam tranquilamente.
Até que um dia, antes mesmo de se falar em aquecimento global, o inverno veio com uma força nunca dantes sentida, choveu e geou intensamente.
O lugar onde os porcos ficavam não aquecia muito, estavam desacostumados a um frio tão violento.
Os porquinhos gemiam e tremiam incessantemente, se não fizessem algo, é certo que não sobreviveriam para ver o desabrochar das flores da próxima estação.
Então decidiram que se ficassem bem juntos poderiam aquecer uns aos outros com o calor de seus corpos.
No desespero de aproximar-se e aquecer-se, se juntaram velozmente e descuidadamente, ao ponto de, com seus espinhos, sangrar uns aos outros. Se não se afastassem , morreriam da mesma forma.
Afastaram-se.
Perceberam que se não pensassem em algo, juntos morreriam, ou congelados ou ensaguentados.
Até que um dos porquinhos sugeriu que se aproximassem novamente. Irritado, outro porco espinho disse que preferia morrer congelado a espinhalado.
Muito paciente, o porquinho repetiu que era preciso se proximarem mais uma vez, só que de forma diferente agora, devagar e com muito cuidado para que pudessem determinar o limite, entre a ponta do espinho de um, e carne do outro.
Assim o fizeram e sobreviveram ao inverno para me contar esta história na primavera.
Moral da história: temos de achar a distância certa para que nossos espinhos não machuquem o outro, assim, nós não precisaremos viver sós, nem nos machucando sempre.

Dedico está fabula a um novo-velho amigo, o qual, meus espinhos o machucaram, assim como, seus espinhos me machucaram.
Espero que tenhamos a oportunidade de descobrir a distância certa para que não precisemos ficar separados.

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