sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Língua...

“A língua é um instrumento de Poder
em um ou outro tempo, em outro espaço”
(Fenão de Oliveira)

terça-feira, 16 de outubro de 2007

Danto os meritos a quem merece

Na Postagem do dia 02/10/2007 - "Isadora" fiz uma parafrase do poema de Manuel Bandeira "Neologísmo" aí quem leu acho muito bom.. é claro!
Mas justiça seja feita, os meritos são do Bandeira por isso, vai o poema na Íntegra...

"Beijo pouco, falo menos ainda.
Mas invento palavras
Que traduzem a ternura mais funda
E mais cotidiana.
Inventei, por exemplo, o verbo teadorar.
Intransitivo:
Teadoro, Teodora."

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

Nega Música

Linda, demais a música do Itamarino...
acho que me sinto assim hoje...
Na verdade, mais do que a letra, a melodia é maravilhosa... laialaiá...

"Quando você menos espera ela chega
Fazendo do teu coração
O que bem ela fizer
Nem venha querendo você se espantar
Não, não, não, não, não
Nem venha querendo você se espantar
Não, não, não, não, não

Quando você menos espera ela toca
O fundo do teu coração
Assim como uma mulher
Nem venha querendo você se espantar
Não, não, não, não, não"

Itamar Assumpção

Sampa

São Paulo chuvosa e caótica só para variar...


Muito trampo e pouca vontade... me perdi mais um pouco...


"Eu quero uma casa no campo
Do tamanho ideal, pau-a-pique e sapé
Onde eu possa plantar meus amigos
Meus discos e livros e nada mais"



"Agora era fatal que o faz-de-conta terminasse assim
Pra lá desse quintal era uma noite que não tem mais fim
Pois você sumiu no mundo sem me avisar
E agora eu era um louco a perguntar
O que é que a vida vai fazer de mim?"



E assim segue a vida ... além vida...

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Quiçá

Quiçá eu vivesse coisas que ninguém viveu,
assim não me importaria com que dizem,
porque, perdoaria as pessoas, pois elas não sabem o que dizem...
Quiçá sentir a certeza dos atos nos fatos...

"... Quando o grito do prazer
açoitar o ar reveillon,
o luar estrela do mar,
o sol e o dom,
quiçá um dia
a fúria desse front virá lapidar o sonho,
até gerar o som
como querer caetanear
o que há de bom"
(Sina - Djavan)

terça-feira, 9 de outubro de 2007

Diariamente

Para calar a boca: rícino
Pra lavar a roupa: omo
Para viagem longa: jato
Para difíceis contas: calculadora
Para o pneu na lona: jacaré
Para a pantalona: nesga
Para pular a onda: litoral
Para lápis ter ponta: apontador
Para o Pará e o Amazonas: látex
Para parar na Pamplona: Assis
Para trazer à tona: homem-rã
Para a melhor azeitona: Ibéria
Para o presente da noiva: marzipã
Para adidas: o conga nacional
Para o outono: a folha, exclusão
Para embaixo da sombra: guarda-sol
Para todas as coisas: dicionário
Para que fiquem prontas: paciência
Para dormir a fronha: madrigal
Para brincar na gangorra: dois
Para fazer uma toca: bobs
Para beber uma coca: drops
Para ferver uma sopa: graus
Para a luz lá na roça: duzentos e vinte volts
Para vigias em ronda: café
Para limpar a lousa: apagador
Para o beijo da moça: paladar
Para uma voz muito rouca: hortelã
Para a cor roxa: ataúde
Para a galocha: Verlon
Para ser moda: melancia
Para abrir a rosa: temporada
Para aumentar a vitrola: sábado
Para a cama de mola: hóspede
Para trancar bem a porta: cadeado
Para que serve a calota: Volkswagen
Para quem não acorda: balde
Para a letra torta: pauta
Para parecer mais nova: Avon
Para os dias de prova: amnésia
Para estourar pipoca: barulho
Para quem se afoga: isopor
Para levar na escola: condução
Para os dias de folga: namorado
Para o automóvel que capota: guincho
Para fechar uma aposta: paraninfo
Para quem se comporta: brinde
Para a mulher que aborta: repouso
Para saber a resposta: vide-o-verso
Para escolher a compota: Jundiaí
Para a menina que engorda: hipofagi
Para a comida das orcas: krill
Para o telefone que toca
Para a água lá na poça
Para a mesa que vai ser posta
Para você, o que você gosta:
Diariamente.

(Marisa Monte Composição: Nando Reis)

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Just a sensations

Que horas são? Tá frio né?

Aqui quando esfria, tudo gela...

Tá estranho, cadê todo mundo?

Por que tá escuro... Você já olhou pra lua?

Ela está minguante, por que ela desaparece? Por que não fica para sempre...

Antes era simplesmente eu... e hoje?

... Tá frio...

Mas que horas são? Ninguém me ligou hoje...

Podemos descer?

Priska

Abobrinha

Uma das maiores mentiras da humanidade é dizer que,

Quem ama não espera nada em troca.

Pensando nisso escrevi esta abobrinha
(como diria Joaquim, meu professor de literatura)

“Nada se espera que volte
do amor que é dado.
Espera-se, porém,
que recebido,
o amor converta em outro.
Torne ao lar,
o sentimento de origem."

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Falta

Quando me faltam palavras... é a poesia quem me socorre...

Vou-me embora pra Pasárgada
Lá sou amigo do rei
Lá tenho a mulher que eu quero
Na cama que escolherei

Vou-me embora pra Pasárgada
Vou-me embora pra Pasárgada
Aqui eu não sou feliz
Lá a existência é uma aventura
De tal modo inconseqüente
Que Joana a Louca de Espanha
Rainha e falsa demente
Vem a ser contraparente
Da nora que nunca tive

E como farei ginástica
Andarei de bicicleta
Montarei em burro brabo
Subirei no pau-de-sebo
Tomarei banhos de mar!

E quando estiver cansado
Deito na beira do rio

Mando chamar a mãe-d'água
Pra me contar as histórias
Que no tempo de eu menino
Rosa vinha me contar

Vou-me embora pra Pasárgada
Em Pasárgada tem tudo
É outra civilização
Tem um processo seguro
De impedir a concepção
Tem telefone automático
Tem alcalóide à vontade
Tem prostitutas bonitas
Para a gente namorar

E quando eu estiver mais triste
Mas triste de não ter jeito
Quando de noite me der
Vontade de me matar
— Lá sou amigo do rei —
Terei a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada.

(Vou-me embora pra Pasárgada - Manuel Bandeira)

terça-feira, 2 de outubro de 2007

Isadora

Quantas Isadoras passaram e passarão por nossas vidas... Isadora... Isadoro...
e no fim inventei para você, o verbo teadorar,
Intransitivo ...
teadoro... Teodora!

Isadora

Vaitimbora
Isadora
Vaitimbora
Tu é mulé de Xangô
-Mulê de Xangô
Foi um dia, um dia foi
Ogum carregou
Num carro de boi

Vai-te embora, Isadora
Não foi assim, não senhora
Isadora vai-te embora
Vaitimbora Isadora

- Você me rejeita?
Você não me quer?
Olhalá sou mulé
De quem eu quiser

Isadora vaitimbora
Oxalá que te acompanhe
Isadora vem timbora
Oxalá que me perdoe
Aliás, não devo nada
Isadora vem timbora!

(França)

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Era uma vez

Era uma vez uma menina triste e que mesmo assim, adorava sorrir.Triste por dentro, alegre por fora.
Seu sorriso irradiava à distância e contagiava as outras pessoas.
Um dia, a menina adoeceu e não conseguiu sorrir, pois estava tão cansada que ficou triste também por fora.
Ela pensou que, assim que as pessoas percebessem que ela parou de sorrir iriam até ela e a fariam se alegrar.

E a menina esperou...

Esperou que alguém a visse e a ajudasse se recuperar, mas ninguém se preocupou, ao contrário, as pessoas ficaram bravas por ela não "querer" mais iluminar seus dias, não conseguiam entender como a menina não tinha mais forças e precisava que ajuda.

Acharam-na manhosa, birrenta e trataram logo de arrumar outra fonte de alegria e rapidinho esqueceram-se da menina.

Então a menina chorou...Chorou tanto que resfriou-se, e o resfriado virou pneumonia.

Sozinha, doente, a menina morreu.

Claro que ninguém percebeu. Mas a verdade é que a menina trasformou-se em uma linda mulher, independente, segura e ainda sorridente, só agora ela sorri para ela, não mais para os outros, porque ela descobriu que, ela mesma, é a única coisa que vale a pena.

Meu Deus!

MEU DEUS! POR QUE ME ABANDONASTE?!!!!!!!!!!!!

Cada um tem aquilo que merece!

Cada um tem aquilo que merece!

Essa frase ecoa em minha cabeça nesses últimos dias.
Há coisas difíceis de acreditar que exista, mas é fato: nascemos marcados pelo negrume da Noite.

Por isso vão dizer que você não é capaz.
É injusto, mas quem disse que seria justo!
Dói ser julgada pelo que não sou, dói ser Julgada! Avaliada...
Quem pode dizer o que é melhor para mim? Quem pode dizer o que eu tenho de melhor?

Deus não existe, nós não existimos, porque não existe existir. Não existe verdade, nem mentira.

Eu escolhi esse caminho, ninguém me obrigou estar aqui, ninguém!
E é por isso que sigo abrindo, cavando, nas brechas de sua ignorância, pois assim me mostro forte, já que sua cegeira lhe impede de ver, como eu sou!