Antes era simplesmente Eu, no entanto, não é tão simples assim. Na verdade, a idéia é de que eu escreveria apenas nas brechas, mas como São Paulo não dá brechas, o jeito é criar. Cavar veio para ficar mais intenso e, por que não dizer, mais profundo. Mas a idéia é esta: criar e recriar sempre e se não der? a gente cava...
sexta-feira, 28 de agosto de 2009
Cantado pra Priska
Oxum-Menina
É Mina, na gíria e na ginga
das possíveis origens ascendentes
com entes nagô, bantu, fanti, zulu...
Fala iorubá, evé-fon, quimbundo
misturado ao português brasileiro dito vulgar
e também ao padrão, mas não culto.
O culto mesmo é outro:
aos deuses e orixás; aos santos e pagãos.
Sincretismo concretizado na cultura
vivida por modos mineiros.
Oxum-Mulher
Tece e aduba com sabedoria e precisão
as entrançadas diversidades de olhares
e caminhos trilhados.
Mulher-menina de pele jabuticaba
Afirma e alterna a cabeça
em curiosidades escondidas nas tranças
e, a cada nova descoberta,
em espantos e encantos nos sararás.
Assim, Priska-trisca no pisca-pisca,
pirilampeando as escolhas
de um rumo pra vida.
Marães
Obrigada Má... Te amo sempre!
terça-feira, 25 de agosto de 2009
Aços
Buscando vencer o cansaço,
Juntando os pedaços,
Criando novas normas.
Estou cortando o laço,
Fazendo novos traços
Criando outros desenhos e outras formas
Regras novas para compor os espaços
Lá vem de novo o cansaço
Mas nada me impede de continuar a reforma
Me chamem de devasso
Tudo que vier eu traço
Porque tudo na vida se transforma
Os nervos tornam-se aços.
Pronto. Acabou! já sei o que faço!
Não adianta dizer: a meteorologia informa..
Não me surpreendo mais,
Mesmo que de repente,